LUIGI PINZETTA

Revendo os documentos de casamento de Luigi Pinzetta e Teodora Romani, no dia 4 de janeiro de 2000, Amélio, Carmen e Odete Pinzetta procuraram a localização da linha dona Ermínia, Colônia 11. Ao chegar ao local o morador Volnei Longui indicou a casa ainda existente do primeiro morador Luigi, ainda construída pelo mesmo em pedras de taipa e assentadas com barro.
Luigi foi uma figura marcante na família Pinzetta. Natural de Schivinoglia, província de Mântua, Itália, Luigi era filho dos agricultores Giacomo Pinzetta e Beatrice Mantovani. Nasceu no dia 31 de março de 1847. Pouco depois do casamento viuvou, só ficando com a filha. Casou pela segunda vez com Adele Schiavetti, com quem teve Flamília ainda na Itália. Em janeiro de 1878 veio ao Brasil, com a esposa e a filia de seis anos. Foi morar no lote 11, da linha Armênia, interior da colônia Dona Isabel (Bento Gonçalves), próximo do Rio das Antas. Nesta terra montanhosa e difícil, os aguardava muito trabalho e tribulações.
Começou o trabalho co entusiasmo, juntamente com a mulher e a filha. Por tarde que fosse nunca iam dormir sem rezar o terço da família. Longe de recursos, Adele adoeceu. Deu a luz a uma criança que faleceu em seguida. Pouco depois Adele veio a falecer, no dia 5 de fevereiro de1878, ficando Luigi viúvo pela segunda vez. Após alguns meses de solidão e viúves, ao lado da filha, tratou de casar e desta vez teve melhor sorte. No dia 17 de setembro de 1878, com a benção do Padre Giovanni Menegotto, Luigi casou com Teodora Romani.
Em 28 de julho de 1923, os sinos da Capela de Le Tre Campane dobravam a finados. Era Luigi Pinzetta que morria aos 76 anos.
Foi uma pessoa que marcou positivamente pelo testemunho de sua fé, sua alegria de viver e sua coragem, sobre tudo ao sobreviver aos dias amargos da Gripe Espanhola. Do casamento co Adele Schiavetti nasceu a Flamília e do casamento co Teodora Romani nasceram os filhos: Anareu, Fiorentino, Marcelo, Beatriz, Antônio e Próspera.
Aos domingos de manhã, a família ia a cavalo e a pé até a comunidade de Evangelista participara da missa, à tarde após a reza do terço, passavam algumas horas jogando carta na comunidade com os amigos. Com a entrada de Frei Salvador para a vida religiosa e sua santidade despertou ainda mais o interesse da família pela religiosidade.
Enquanto os colonizadores espanhóis, portugueses, ingleses, franceses, holandeses conquistavam terras com espada, fuzil e canhão, nossos colonos tomaram posse da terra legalmente empunhando machado, a foice, a pá, a picareta, a enxada e o arado para fazê-la produzir. Sua vida era de trabalho, alegria, oração e mútua ajuda. Amavam a família, colocando-a no centro de tudo. Respeitavam o próximo e eram regidos pela máxima caridade.
Os colonos formaram uma sociedade embasada em profundos valores humanos e espirituais. O conhecimento por eles adquirido na agricultura, na medicina caseira, na vivência familiar, na construção de uma sólida e harmoniosa espiritualidade não pode ser desprezado, nem esquecido. Por meio de seu árduo e tenaz labor, forjam a base que tornou possíveis o progresso e facilidades que desfrutamos atualmente.

 

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