Irmã Flora Pinzetta
Missionária de São Carlos Barromeo – Scalabriniana
“Caminhe humildemente com o teu Deus.” (Mq 6,8)
Irmã Flora Pinzetta, nome de batismo Maria Pinzetta, é natural de Casca, Rio Grande do Sul. Nasceu aos 25 de julho de 1910, filha de Florentino Pinzetta e Isabela Romani. Ingressou na Congregação no dia 04 de fevereiro de 1935, em Bento Gonçalves, RS. Foi admitida ao Noviciado no dia 1° de janeiro de 1937; à Profissão Temporário no dia 22 de janeiro de 1939 e à Profissão Perpétua aos 04 de janeiro de 1944. Nos seus 57 anos de Vida Religiosa como Missionária de São Carlos Barromeo Scalabriniana, pautou sua vida por uma intimidade muito grande com Deus, marcada pelo silêncio, oração, pela doação de si nos trabalhos domésticos e horta. Realizou sua missão em quatro comunidades:
- 1936 a 1955: Noviciado São Carlos, Bento Gonçalves, RS.
- 1956: Instituto São Carlos, Noviciado, Caxias do Sul, RS.
- 1957: Hospital em Roca Sales, RS.
- 1958 a 1996: Hospital Beneficente São Domingos, em São Domingos do Sul, RS.
Com a humildade que lhe era característica, colocava-se entre as Irmãs como ‘aquela que serve’. Sentia-se gratificada e feliz no trabalho que realizava o qual revertia em dons para o sustento da comunidade religiosa, dos doentes e funcionários nos hospitais, e flores que cultivava tornavam mais acolhedores e bonitos os ambientes e a igreja da comunidade local. As plantas, a terra, os animais, a natureza, faziam parte de sua vida, pois passava a maior parte do seu tempo realizando sua missão nesse contato direto com a natureza e isto a conduzia a profunda contemplação e unidade com o criador. Muitas vezes foi encontrada falando com deus no seu local de trabalho.
Irmã Flora sentia-se uma pessoa realizada e feliz na Vida Consagrada como missionária scalabriniana. Foi exemplo e testemunho a muitas vocacionadas, particularmente às noviças e postulantes durante os longos anos que viveu nas comunidades do Noviciado, seja pelo amor ao trabalho que fazia, seja pela vida de oração  e os inúmeros terços rezados enquanto cultivava a horta ou cuidava dos animais. O amor as vocações religiosas e sacerdotais foi uma das características  fortes de sua vida. Pela vida eucarística que sempre cultivou, foi agraciada de participar também na véspera de seu encontro pleno com o Senhor, da celebração da Eucaristia, juntamente com a comunidade, na capela do Hospital São Domingos. Tinha uma profunda devoção a Nossa Senhora e, segundo a intenção que lhe era solicitada, rezava com um terço especial. Confiava suas necessidades, mesmo materiais, a Divina Providência e a São José, ao qual manifestava ter uma relação íntima e espontânea em seus pedidos.
A lembrança de Irmã Flora evoca simplicidade, humildade, oração, olhar meigo, profundo e penetrante. Mesmo na doença foi uma presença que edificava. Suas palavras eram sempre de gratidão, de fé, de serenidade, de entrega a Deus, de amor às Irmãs, à Congregação e não se constrangia em falar que estava chegando ao fim da vida terrena. Na última visita que a Superiora Provincial de então, Irmã Maria do Rosário Onzi, lhe fez, expressou co muita paz de espírito e com um sorriso nos lábios: “Madre, não se preocupe comigo. As Irmãs estão me cuidando como anjos. Jesus fez uma troca comigo: pôs outra pessoa no meu lugar na horta e me deu a graça de ficar aqui rezando e descansando.” Leia mais >>

 
 
 
   
   

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